BULLYING – QUANDO A ADOLESCÊNCIA É VIOLENTA


Até Calvin sofre com bullying na escola (clique para ampliar).


“Para que o Mal vença, basta que os homens de bem fiquem de braços cruzados.”
Edmund Burke (1729-1797), estadista britânico.

UMA PEQUENA SUGESTÃO QUE PODE TE AJUDAR MUITO

Como sei que a maioria das pessoas que acessa esse site são adolescentes, vou pedir à vocês que depois de lerem essa coluna, se gostarem, convidem seus pais, tios e avós para lerem também.

O BULLYING

Você sabia que na maioria das penitenciárias do mundo, o que vale é a Lei do mais Forte e a Lei do Silêncio?! Assim, violências, roubos e abusos cometidos entre os presos, ficam só entre eles. Muitas vezes os guardas e até o diretor da prisão sabem dos crimes cometidos contra outros presos dentro da prisão, mas na maioria das vezes preferem fazer vista grossa. Geralmente alguém tem ir para o hospital ou morrer para que eles tomem alguma atitude de verdade.

Se isso lembra a situação de muitas escolas brasileiras (e do mundo também), é porque durante muitas décadas as pessoas preferiram fazer vista grossa com o bullying, expressão americana que define as agressões físicas, morais e psicológicas feitas à vitíma(s) geralmente indefesas por parte de uma ou mais pessoas sem um motivo aparente.

Por isso, se você é ou já foi vítima freqüente de agressões, intimidações, comentários maldosos, fofocas e apelidos grosseiros que te deixam chateado, triste e deprimido, está na hora de dar um basta nisso tudo pra que você possa ter uma adolescência livre desse mal. E isso vale pra todo mundo, meninos, meninas, homens e mulheres.

Assim como o estupro contra a mulher era encarado com uma certa condescendência pela lei até poucas décadas atrás, o bullying, até poucos anos atrás, era encarado como algo normal dentro de uma escola e muitos pais achavam que seus filhos e filhas tinham que aprender a se defender sozinhos. Não que esse desamparo fosse algo proposital que os pais fizessem com seus filhos, mas como eles viram ou passaram por isso quando estavam na escola, eles acreditam que é normal que seus filhos passem por isso também.

Infelizmente, com o aumento crescente da violência e com algumas crianças e adolescentes trazendo facas e armas para a sala de aula, o bullying às vezes deixa de ser apenas um problema escolar para se tornar um caso de polícia.

Claro que casos como esses são ainda esporádicos e eu realmente espero que com essa nova consciência anti-bullying que está crescendo, as atitudes violentas regridam a um patamar mais aceitável. Mas esse tipo de atitude depende mais dos pais e dos alunos do que de ações governamentais, que geralmente fazem muita propaganda mal-elaborada e que não atinge seu público alvo.

EU, VÍTIMA E TESTEMUNHA DE BULLYING

Como muitos, eu também sofri bullying na escola. Tímido e franzino, eu, junto com alguns outros nas escolas que frequentei, éramos vítimas de puxões de cabelo, empurrões, ameaças, chutes e outras humilhações. O mais irônico disso é que só sofri bullying em escolas particulares. Estudei até a 3ª série em escola pública e fiz o Ensino Médio em escola pública, e apesar de existirem bullies (valentões) por lá, raramente presenciei um agressão. E além de irônico, chega a ser uma piada de mau gosto que nessasduas escolas religiosas e particulares e caras de Porto Alegre o bullying corria solto. Uma era o Nossa Senhora de Lourdes (gerenciada por freiras) e a outra a Escola Adventista Cruzeiro do Sul.

Sofri bullying e muitas vezes tive vontade de chorar por causa disso, mas por sorte, nunca fui machucado seriamente e a única coisa roubada que tive foi um chocolate que havia trazido de casa. Mas diversas vezes vi coisas horríveis acontecendo e não tive coragem de falar nada, assim como todos os meus outros colegas. E me lembro de uma cena particularmente absurda e violenta onde estávamos todos de pé, uns 20 alunos, com o professor de Educação Física falando algo e atrás de mim, havia três colegas: um deles, Adriano, segurava um garoto e o outro o maior e mais forte, de nome Marco, lhe socava o rosto. Todos bem quietos pro professor não escutar. Lembrando disso hoje, eu fico pensando que o professor tinha que ser muito burro ou simplesmente fingia que não estava vendo aquilo. Como sei por experiência própria que adultos são mais espertos que adolescentes, acredito que o professor simplesmente se omitiu e deixou o pobre garoto apanhar.

Um dos motivos pelos quais eu não apanhei de verdade no Nsa. Sra. de Lourdes é que eu era o melhor amigo do Fábio, irmão do bullie Adriano, que era amigo do bullie Marco e muitas vezes fui poupado por causa disso. Mas às vezes isso não era suficiente...

No Adventista, havia pelos menos 7 bullies distribuídos entre a 6ª e a 8ª série. Eu estava na 7ª série e nessa série havia 4 bullies com idade entre 15 e 16 anos. Eu tinha 13 anos. Novo no colégio, eles logo vieram pra cima de mim. É claro que com a minha cara de nerd e com 13 anos, eu seria vítima deles. Nesse ano eu acabei repetindo, o que por um lado me deixou feliz, pois aí eu só corria o risco de topar com eles no intervalo e da 6ª série só veio um bullie. E quando ele estava sozinho, ele não representava risco algum.

Claro que eu não era a única vítima deles, havia várias outras e do Adventista guardo muitas memórias ruins de bullying e do descaso da escola. Uma vez, todos os grandalhões da escola, cerca de 15, uniram-se e fomaram uma espécie uma vassoura humana, que basicamente consistia em correr abraçado e atropelar todo mundo que estivesse no caminho. Fizeram isso várias vezes seguidas no pátio da escola e nenhum professor veio parar ou impedir eles! Outra coisa que vi e que me recordo como uma das cenas mais patéticas da minha vida, é que eu tinha dois colegas que serviam de “escravos” do troglodita Luciano, o maior e mais velho dos bullies. Eles ficavam em volta dele, fazendo pequenos favores e puxando o saco dele pra não entrar na lista de vítimas, mas o mais triste era que volta e meia ele os castigava com cascudos e beliscões porque eles não haviam feito algo direito.

O que me salvou de apanhar de verdade e sofrer mais humilhações, era os meus poucos e bons amigos que tive nessas escolas. Como bullies geralmente são covardes, eles preferem te pegar sozinho, então uma das dicas básicas é que você evite andar sozinho na escola para não dar essa chance à eles. Sempre é bom ter uma testemunha junto, em caso de agressão ou humilhação.

Às vezes uma mera reação mais forte basta para afastar os bullies mais covardes. Às vezes gritar com ele ou simplesmente bater de volta basta para que o bullying pare, mas isso não é uma regra e nem todo bullie é covarde. Uma vez um dos bullies me bateu no braço quando cruzei sozinho com ele pelo corredor da escola e, não sei o que deu em mim, virei o braço e acertei ele no ombro. Eu continuei andando e ele também. Virei a cabeça pra trás pra ver se ele não vinha atrás de mim e ele estava se afastando, olhando pra mim. Mas não havia ameaça em seu rosto, talvez alguma surpresa. Cá pra nós, eu acho que dei sorte que estávamos só nós dois no corredor. Se houvesse mais pessoas ele talvez se sentisse humilhado por ter levado um soco de um garoto menor do que ele e teria me chamado pra briga. E aí eu não teria tanta sorte... Mas o bom é que depois disso o cretino nunca mais me incomodou.

Mas como eu disse, este era apenas um dos bullies do Adventista..

EU, BULLIE

E como eu não sou nenhum santo, eu também acabei cometendo bullying indo na onda de outros colegas. Quando cheguei no Adventista, havia duas irmãs na minha sala. Uma delas usava óculos de fundo de garrafa e não era muito bonita na época e quando cheguei, ela já tinha um apelido chato. Infelizmente, um dos amigos que fiz na sala gostava de pegar no pé dela e às vezes eu ia na carona e junto com mais dois ou três meninos, ás vezes fazíamos roda ao redor dela e da irmã e começávamos a debochar dela. A meu favor só posso fizer que sempre fizemos isso às vistas de todos, tipo, nunca foi uma coisa realmente ameaçadora, até porque ela corria atrás de nós tentando nos bater. E nunca vi ninguém encostar um dedo nela, mas ela às vezes nos acertava. Na minha cabeça, isso era só uma brincadeira. De qualquer forma, não lembro disso ter durado muito e na época eu já tinha noção de que isso não era legal, mas como disse, fui na onda. Assim, logo parei de fazer isso, mas ainda hoje me incomoda o fato de não saber o quanto isso pode ter afetado ou não a auto-estima da Simone.

Eu encontrei ela anos mais tarde no ônibus e peguei seu telefone pra convidar ela para sair. Sim, ela tinha virado uma bela mulher. Eu fiquei feliz com isso e pensei, que se ela aceitasse meu convite, eu teria minha chance de pedir desculpas pra ela por aquele bullying idiota e estúpido no colégio. Infelizmente ela não quis sair comigo, o que por uma lado foi bem-feito pra mim, que até hoje continuo com remorso pelo que fiz. Foi a única perseguição que fiz contra alguém mais fraco do que eu em toda a minha vida...

É por isso que vai ter que ficar aqui o meu pedido de desculpas, do fundo da minha alma, para a Simone, que esteja onde estiver, espero que esteja tendo uma vida ainda mais feliz do que a minha, que acredito que ela totalmente merece.

O QUE FAZER?

O bullying acontece por muitos motivos e tem diversas caras e isso tudo e como podem se defender e encontrar pessoas pra partilhares suas experiências, medos e pedir ajuda, está nos links que coloquei abaixo.

São sites, filmes e livros que podem te ajudar a entender melhor esta situação que você ou seu colega podem estar enfrentando no colégio, mas que todo mundo acha normal ou engraçado enquanto ninguém vai parar na polícia, no hospital ou no necrotério.

Mas ainda assim, eu quero dar algumas dicas que vi pouca gente dar, mas que eu acho que pode ajudar.

Em primeiro lugar, se você achar ou tiver certeza de que alguém está sofrendo bullying, fale com seus pais, com um professor que você confie ou mesmo envie uma denúncia anônima para a escola. Só não esqueça de dar todos os detalhes que puder, o que viu e quem foi a vítima e quem foi o agressor.

É somente rompendo a Lei do Silêncio, a mesma que vigora em penitenciárias, é que os culpados podem ser punidos, afastados e tratados, quando for o caso. Lembre-se, o(s) bullie(s) que você pode achar engraçado ver maltratando um(a) colega hoje, amanhã podem vir pra cima de você ou de seus amigos(as).

Outra coisa que você pode fazer é denunciar vídeos de bullying ou brigas no You Tube e comunidades do Orkut. As denúncia são sempre anônimas e ninguém saberá que foi você que denunciou o vídeo ou comunidade como violenta. Deixar que vídeos e comunidades do tipo proliferem na internet, só aumenta a confiança dos bullies de que eles nunca serão punidos. E isso é algo que eles acabam levando pra vida adulta e podem continuar a fazer isso na faculdade com trotes violentos, no casamento, com seus filhos, no escritório e em qualquer outro lugar onde ninguém faça nada para impedi-los. E alguns podem até mesmo virar criminosos.

Você também pode ir ao Grêmio Estudantil de sua escola e pedir ajuda deles e dos professores para uma campanha anti-bullying.

Mas digamos que por um motivo ou outro, nada disso aconteça e você ou alguém que você conhece continue sofrendo bullying.

No mundo adulto, se uma pessoa sofre uma agressão, calúnia ou assédio moral, ela pode processar quem quer que tenha feito isso. Está mais do que na hora das vítimas adolescentes de bullying começarem a usar a lei a seu favor, assim como os adultos a usam.

Se você estuda em colégio particular, você pode falar com seus pais e contratar um advogado para processar a escola, os pais do(s) bullie(s) e até mesmo um(a) professor(a) omisso(a). Com isso, todos são afetados pelo bullying e alguma coisa será efetivamente feita para acabar com ele. Infelizmente nesse país, algumas instituições só tomam atitudes quando dói no bolso...


Já se você estuda em um colégio público, o buraco é bem mais embaixo e dada a realidade desse país, medidas processuais podem não ser a melhor saída. Claro, existem colégios e colégios na rede pública. Alguns quase tão bons quanto escolas particulares, mas outros tem graves problemas com gangues e traficantes. Ainda assim, existem diversas outras opções para buscar ajuda para acabar ou minimizar o bullying nos sites abaixo.


VOCÊ É UM(A) BULLIE?

Você já parou pra pensar que aquelas piadinhas, humilhações e pequenas agressões que você faz toda hora com seus colegas podem estar fazendo um mal muito pior à ele(a) do que você imagina?! Tente, por um minuto, colocar-se no lugar dele ou dela e ver se você gostaria disso que você faz com ele ou ela. Se você tiver essa capacidade de empatia (colocar-se no lugar do outro), você ainda pode reverter essa situação e até ser um bom amigo(a) dessa pessoa que agora é sua vítima e ter boas chances de uma vida mais tranqüila e feliz quando for adulto(a).

Se você acha que é difícil controlar seu impulso para a hostilidade e a violência para com colegas seus, procure ajuda com seus pais, familiares ou professores que você confie. Eles podem te ajudar a ser uma pessoa melhor.

Mas se você acha que ficar pegando no pé de uma pessoa, humilhá-la ou agredi-la é normal e bacana e não pretende parar, saiba que o bullying pode se tornar crime em breve no código penal brasileiro. Os trotes violentos na faculdade já estão sendo criminalizados e é uma questão de tempo para que isso ocorra nas escolas. E mesmo que isso ainda demore anos para acontecer, processar bullies é algo que está crescendo e que se você continuar com isso você pode acabar se dando muito mal.

Eu espero sinceramente, para o bem de todos nós e seu, que você opte pela primeira opção.

Porque muitos bullies quando crescem viram esses homens e mulheres aparentemente normais que acabam cometendo crimes violentos contra desconhecidos no trânsito, no trabalho e contra a própria família. Não queira ser um desses. Ninguém ganha nada com isso. Nem suas vítimas e nem você.

PAZ!


SAIBA MUITO MAIS NOS LINKS ABAIXO:

NO MORE BULLYING - Blog gaúcho com tudo sobre bullying no Brasil e no mundo.

BULLYING - Wikipédia

BULLYING - Cartilha

FILMES IMPERDÍVEIS SOBRE BULLYING

EVIL – AS RAÍZES DO MAL (Ondskan, Suécia, 2003) - DRAMA

Dir. Mikael Hafstrom

Erik é um adolescente de 16 anos que tem uma vida em meio à violência. Acostumado a tratar todos com brutalidade, devido aos maus tratos de seu padastro, é expulso da escola onde estudava e transferido para um famoso colégio privado. Sabendo que pode ser sua última oportunidade, Erik tenta mudar seu estilo de vida e enfrentar as novas opressões que começa a sofrer na nova escola. Baseado em fatos reais.

ELEFANTE (Elephant, EUA, 2003) – DRAMA

Dir: Gus Van Sant

John é levado para escola por seu pai completamente alcoolizado. Elias tira fotos de um casal no parque próximo ao colégio. Nathan e Carrie combinam o seu fim de semana com os amigos em meio a uma suspeita de gravidez. É assim, e com mais cinco visões, que Gus Van Sant caracteriza o massacre na Columbine High School protagonizado por vítimas de bullying. Baseado em fatos reais.

TE PEGO LÁ FORA – (Three O’Clock High, EUA, 1987) - COMÉDIA

Dir. Phil Joanou

Jerry é um tranqüilo e simpático colegial que vai entrevistar Buddy, um colega recém-chegado, para o jornal do colégio onde estuda. Acontece que o cara é um brutamontes, tem fama de psicopata e, além disto, não suporta ser tocado. É exatamente isto que Jerry faz e assim Buddy o desafia para uma briga no estacionamento, às 3 da tarde. Até lá Jerry tentará de tudo para que esta "execução" não aconteça.

LIVROS SOBRE BULLYING: QUANDO LER FAZ A DIFERENÇA




ENQUANTO ISSO, NO SITE DA CAPRICHO...

E pra aliviar a barra, tem o VOCA PEOPLE lá no blog.

E Acredite se Quiser no monte de besteiras que eu escrevi lá na seção Diversão.


REQUIEM FOR A DREAM – LUX AETERNA – CLINT MANSELL

E aqui você escuta agora a trilha sonora do filme RÉQUIEM PARA UM SONHO. Um retrato da América viciada que se afunda em drogas de todos os tipos. Um filme de um dos maiores diretores americanos, Darren Aronofsky, com a poderosa trilha sonora de Clint Mansell, um compositor que pode ser comparado com o mestre Philip Glass, na minha humilde opinião.

Comentários

Anônimo disse…
assunto sério e importante que muitas vezes a gente esquece de comentar e se informar. gostei muito do texto!
Nati Pereira disse…
7 passos antiblullying

1. Se as pessoas com quem você anda não te aceitam, procure outra turma.

2. Se você tem medo de se aproximar das pessoas, "Cumprimente o cobrador do ônibus ou pergunte as horas para um desconhecido na rua”. Aos poucos, você vai se sentir preparada para puxar assunto com os colegas da escola.

3.Faça um diário: Na hora de tristeza, você coloca tudo no papel. Um passo a frente é seguir o exemplo da Dani e criar um blog: além de fazer bem a você, pode te ajudar a encontrar outras pessoas com o mesmo problema.

4. Reflita sobre a sua parcela de culpa.

5. Em vez de se afundar em filmes dramáticos, inspire-se com MENINAS MALVADAS & NUNCA FUI BEIJADA. Nos dois as protagonistas são alvo de bullying e conseguem superar a situação.

6.Quebre o silêncio:ser alvo de bullying é mais comum do que você imagina. E a única forma de dar um fim a esse ciclo é não fazer o jogo da vitima silenciosa.

7.Invista na sua auto-estima.
Ela é o melhor antídoto contra o bullying. Se você sabe exatamente o que tem de bom e reconhece que suas diferenças fazem de você uma pessoa única (e não estranha), tem muito mais chances de saber responder aquela garota que te deu um apelido maldoso.

muito sério. beijos
Hyanara disse…
seus textos sao longos,mas qndo agnt começa aler nao para mas,esse assunto é bem interresante..parabens pelos seus textos!!
bjuu
Gi disse…
Infelizmente essa é a realidade de muitas escolas, tanto dentro quanto fora do Brasil, mas o que realmente incomoda é a omissão dos envolvidos e de todos os que poderiam fazer algo para por fim à situação.
Como no caso que você falou sobre o tal professor de Edicação Física, tá na cara que ele viu tudo, mas preferiu "não se envolver"!
É vergonhoso viver em uma sociedade que ainda tolera esse tipo de comportamento!

Parabéns pelo alerta e por ter coragem de assumir que esteve dos dois lados da história!
gcavalcanti disse…
- Já fui vitima (magrinha), Já fui BULLIE (anarquista). Mais nunca deixei a opinião alheia afetar a minha vida, é só não dá a mínima as pessoas cansam de falar com as paredes.

Parabéns pelo Blog, pelo seu trabalho na capricho. Admiro muito.
Amanda disse…
Muito bom, Jerri.
Falar besteiras e bobeiras é bom, mas falar de assuntos de grande importância é mais ainda!

Que isso ajude de verdade na conscientização de muitas pessoas! :)
Élide Elen disse…
Acho importantíssimo conscientizar as pessoas sobre o bullyng, principalmente jovens.
Também quero destacar um comentário seu, pois também estudei em escola particular e lá sofria muito com o bullyng, só no ensino médio, quando fui para uma escola pública, é que o "tormento" acabou e pude conhecer pessoas amigas.

Beijos!

- POST NOVO!
Mari S. disse…
Eu consigo descrever bullyng em uma só palavra: COVARDIA.
Carlos Ferreira disse…
Cara, estou rindo sem parar sobre o teu comentário lá no meu blog.
hahahaha!

Agora vou ler o teu textinho aqui e depois comento.

Abraço.
Alexandra Dias disse…
gostei muito do texto! parabéns! outra coisa: sabia que o voca people vem para abrir o porto alegre em cena?
bjs
Ana Carolina disse…
A sua coluna foi muito boa , parabens ! não só essa , como todas as outras ! parabens jerri tambem comprei seu livro 'assunto de inimiga' e estou lendo , gostando muito !
beijos e sucesso (:
Luísa disse…
Já fui vítima também, na escola, umas meninas metidas a valentonas viviam falando "te pego lá fora" e eu sempre ficava com medo, até porque, nunca havia brigado na rua, só no tatami, na época era faixa amarela de hapkido, mas a academia tinha uma regra
- se brigar na rua é suspenso, ou perde a ultima faixa.
Tudo bem... tava indo embora da escola, as meninas começaram a me seguir, e o caminho delas era totalmente diferente do meu, estavam em 3 meninas, e eu sózinha...
aí eu olhei pra traz elas me seguindo e rindo, eu parei, e esperei, elas ficaram sérias, e vieram, aí eu disse "quer bater? bate! Vai" uma ficou olhando pra cara da outra, eu disse "Não vão bater eu vou embora, tenho mais o que fazer" aí uma veio em cima de mim, puxando meu cabelo, aí meu sangue subiu, eu segurei a cabeça dela com uma mão pelo cabelo, e com a outra só murro na cara,(as supostas amigas dela ficaram olhando ela levar bordoada) pra que fui fazer isso, x.x a menina ficou com hematoma, meus pais foram chamados na escola, meu kyosanim (professor) de hapkido, não me suspendeu nem nada, ele disse que eu só seria suspensa se eu tivesse arrumado briga, mas foi defesa...

mesmo assim, arrumei pra cabeça, mas depois disso ninguém veio querer arrumar comigo!
Natiinha xx disse…
Eu estudo na inglaterra...
E é incrivel como existe bullying aqui. Como a minha escola e multi-cultural existe alem de bullying existe o racismo. É completamente absurdo o qe acontece aqui, pqe quando eu ainda estudava no brasil acontecia coisas assim mais nao tanto e com tanta frequencia. Uma vez chegaram a quebra uma gafarra de vodka na cabeca de um menino por diversao. Aonde qe eesse mundo vai para ! :/
Sarah Caramelo'S disse…
adorei o texto, achei super bacana você comentar sobre isso.
E é verdade, isso é muuuuuuito sério.
Fernando B. disse…
Bullying é algo sério mesmo. Esconde diversas variáveis. Primeiro, é fruto de nossa cultura nada afeita à diversidade. O "diferente" sempre é visto com certas ressalvas, e olhem a ironia: todos nós somos "o diferente" em algum contexto de nossas vidas.

É fruto de uma sociabilidade doentia onde é legal "rir" do outro, para se sentir superior. É algo até meio tacitamente aprovado: rir dos pequenos defeitinhos, "pisar" o que julgamos inferior, desdenhar do que achamos anormal, do que foge ao tachado como moda, etc. etc. Tsc tsc!

Tem a ver com covardia sim, como disse o Jerri, mas também tem a ver com algo que quem pratica o bullyng não consegue administrar subjetivamente. O que incomoda no outro, a ponto de causar a vontade de abusar, xingar, humilhar e/ou agredir, pode ser na verdade algo em si mesmo mal resolvido. No fundo, muito de enrustimento, falta de amor-próprio e medo. O bullie se preocupa em atazanar a vida alheia porque na verdade a sua própria vida é uma droga. É uma
questão delicada essa de o que vai na cabeça do bullie. Pano pra manga, a reflexão...
Indi disse…
assunto super interessante Jerri, que triste que voce sofreu com isso , mais hoje voce é uma pessoa sucedida e eles provalvemente nao !

beeijoo
Luana Ferraz disse…
Genial, Jerri! Assim nós sabemos q vc, além de um ótimo escritor de textos engraçados, ainda sabe dar a sua ajuda quando precisamos!

Bêjão!
Kamila Walter disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Kamila Walter disse…
Eu adorei o texto. Já fui vitima tbm e foi em colégio particular, nunca em escola pública. Eu acho que quem faz esse tipo de coisa, no mínimo é, ou ja foi, rejeitado por alguém, ou por um grupo. Resumindo violência só gera violência. Denunciar ainda é a melhor saída.
bjo.
P.S:adoro seus textos, quero escrever como vc qnd crescer.
Daniele Vuoto disse…
Oi, Jerri!
Mandei um e-mail pra ti agora, mas não podia deixar quieto aqui: adorei teu post!

Parabéns pela iniciativa de escrever sobre bullying, e pela coragem de utilizar tua história para exemplificar o quanto isso machuca. E bullying é muito doloroso.

Risos, olhares, exclusão... uma violência psicológica que marca mais que uma ferida física, porque mata a auto-estima.

Sempre digo isso: vergonha não é sofrer bullying na escola, ser humilhado todos os dias. Vergonha é a escola ver o que acontece e não tomar atitude - ou pior: tomar atitudes que incentivam o preconceito, a intolerância.

Ficar em silêncio só aumenta a dor, então não pensem duas vezes: pedir ajuda é fundamental!

Tomar como lema a frase "trate o outro como gostaria de ser tratado" pode fazer uma diferença maior do que se imagina.

Rir junto por medo de ser zoado ao defender o colega ou dar força p/ quem realmente precisa?

Viver de fachada, com amigos que estão do seu lado por medo/conveniência ou por ser gente boa, convivendo bem com os colegas?

São escolhas aparentemente pequenas, mas que fazem toda diferença.

PS: Jerri, Valeu por ter recomendado o blog, de verdade mesmo! =]
Mandiee disse…
A realidade é dura mas temos que enfrenta-la, o melhor que podemos fazer é não ficar calados e mostrar o que está acontecendo.

É melhor termos 5 amigos do nosso lado sempre, do que ter 50 em quem não podemos confiar
M disse…
bullying é um assunto q eu conheço bem, fui vítima de bullying por um ano e meio na minha antiga escola.

Qnto ao negócio do silêncio, vc deve saber bem que quebrar essa lei é mto difícil. eu sou amiga d uns minos q praticam bullying contra um coitado + por + q eu fle eu ñ consigo fazer eles pararem! é incrível eu flo, 'parem com isso' ou então 'já chega por hj' e eles ficam m zoando por uma semana dps ¬¬

Eu tava outro dia pensando em ligar 100 (eu li em algum lugar q vc liga pra esse número pra denunciar bullying) e tentar ajudar o coitado + daí eu teria q denunciar toda a minha classe pq todo mundo menos eu e uns 4 seres evoluídos ñ zoam dele.

A única coisa da qual eu reclamo é q vc diz nomes, acho q vc devia chamar a Simone d S. Se ela ler isso, ela vai saber q vc tah flando dla, ñ precisa dizer o nome. Já as escolas, diga todos os nomes, eu tbm diria o nome da escola onde eu sofri bullying + como eu toh anônima aki no blogger, ñ dá pra fazer 100 colocar minha identidade secreta em risco.

P.s.: Eu tbm já fui Bullie, + na maior parte da minha vida eu fui vítima. XD
Jana ;) disse…
Oláaaa! Poxaaa nunca pensei que vc e mais um tanto de famosos tivessem sofrido bullying, bom não sou famosa mas faço parte da grande parte de adolescentes que sofreram. =/
Hj me superei q estou bem melhor!
E resolvi fazer uma campanha contra o bullying no twitter : @NoBullyiing (com dois "i"s mesmo)
Obrigada por dar informações que são bastante interessantes e necessárias! :)
Alline Bernardes disse…
Bulling é ridiculo msm, patetico, uma covardia, já fui vitima, mas na parte moral, e nunca me intimidei com isso por ter consciencia da idiotice dos bullies.
Muito bom seu texto Jerry, como sempre mostrando tudo de forma muito objetiva!
Anônimo disse…
eu fico triste por terem pessoas que sofram bullying em escolas adventistas, eu sou adventista, ja estudei em escolas adventistas e sei que a maioria dos bullies e estudantes dessas escolas não são cristãos, e os pais sabem que eles são maus e por isso os colocam em escolas que tem base cristã para melhorar e botar juízo na cabeça deles, mas imposição nunca foi o melhor para melhorar as coisas, eles ficam tão revoltados, mesmo subconscientemente,que atacam os mais fracos...
Annie Bitencourt disse…
Muito bom o texto Jerri.
Irei também assistir aos filmes que sugeriu. Me interesso muito pelo tema de Bullying embora tenha sofrido o bullying indireto quando criança.
Jerri adoraria se visitasse meu blog :)
http://andressaromanzini.blogspot.com
Um abraço.

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